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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

REGIS ANTÔNIO DUARTE GONÇALVES
( Brasil - MINAS GERAIS )

Regis Antônio Duarte Gonçalves é poeta e jornalista. Nasceu em Santa Bárbara. MG, em 10/08/1940.  Mudou-se para Belo Horizonte em 1957, mas reside em Ouro Preto.
Participou de Movimento Poesia Alternativa e foi co-autor dos saquinhos Poesia Livre, Ouro Preto.
Participou ainda das manifestações poéticas Varal de Poesia, Chuva de Poemas e Mexidos Diversos.
Publicou no Suplemento Literário de Minas Gerais e no livro Poesia Livre de Ouro Preto (juntamente com Guilherme Mansur e Otávio Ramos). Publicou ainda o livro de poemas Queima de Arquivo (poemas dos anos 60). Opus Circus, Trama Tato Texto e O atleta hipocondríaco.
É formado em Filosofia e Jornalismo pela UFMG e é Assessor de Comunicação da UFOP.

 


50 POEMAS  ANOS 60 seleção e organização Ana Caetano, José Maria Cançado, Marcelo    Dolabela.   Belo Horizonte: Prefeitura de B.H., 1993.  (Temporada de Poesia -  Fascículo 3)   N.  00 030
Exemplar da biblioteca de ANTONIO MIRANDA  

 

 

              NO MURO

Dentro do muro
no escuro e duro
um olho me espia.
Medonho olho
de aço frio.

Um muro
um cubo
dentro de um cubo
lá dentro
concreta
a coisa me espia.

Estou fora
do muro.
Na frente
amarela
a parede que gela.

Cal e tijolo
o sal se o olho
Um olho divino ?
Um olho assassino ?

Quem me dera saber
das coisas opacas.
Sua consistência
flexibilidade
modo de doer.

Mas apenas sei
do choque
do gelo
da aspereza da pedra.

Algo que me espia.
Algo que interrogo.
Alguém me espera
por trás dessa treva ?

Por trás da parede
a luz não penetra.
A coisa que olha
suponho:
ela enxerga.

Nenhum aparelho
raio X
Gama ou Beta
revela  o que é.

Nem broca de aço
martelo pneumático
bazuca
granada
bomba atômica nada
a dureza quebra.

A coisa está quieta
como gato
mas desperta.

Mobilizo o aço
água fogo e terra.
Ordeno ao meu exército
que a destrua
Que cerque
esse muro.

A simples presença
da coisa me agride.
Vivo e me perturbo
com a dupla presença.

Um olho (talvez?)
Uma coisa surda
surdamente muda
de existência dúbia.

 

            
               O ALFINETE

De meus olhos se alheia
tão magro objeto
Fina
penetrante
úlcera de ferro

Medindo-o de ângulos
diversos
mais ele se adelga.

E fulge em sua massa
como estilete
fácil de mover-se.
Seu estilo reto.

Agulha prateada
ferindo o escuro
ventre
dos olhos.
Pronto a romper-se
em estilhaços.

Como sol que funde
todo o universo
quando explode
naquilo que penetra.

                   O alfinete boia
na espuma de
seu peso.
Cheio da inquietude
de uma tal cabeça.

Ponto
e linha
imaginários
o alfinete ausente
de qualquer contrário.

 

                   Fere indiferente
                   o ódio
                   a dor
                   o ovário
                   o ventre
                   o ar-semente.

                   O alfinete cheio
                   por si mesmo
                   e simples
                   fino e infinito.

                   O alfinete alfa
                   início da linhagem
                   Assim
                   o ser mais lógico
                   e como tal
                   o óbvio.

*
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Página publicada em junho de 2025.


 

 

 
 
 
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